28/Out/2020

Com o aumento das chuvas em regiões produtoras de soja, os produtores passaram a focar no plantio do grão da safra 2020/2021 e deixar de lado as negociações no spot, tanto de soja como de milho. O avanço da comercialização destes produtos também os deixa em situação confortável para postergar novos negócios. Enquanto isso, os compradores têm buscado garantir mais volumes do milho que será colhido em 2021, atentos a incertezas trazidas pelo clima seco no Rio Grande do Sul, que pode comprometer o desenvolvimento da safra de verão (1ª safra 2020/2021) no Estado. Há também o temor de que cenário de preços semelhante ao deste ano volte a se repetir em 2021. A suspensão temporária das tarifas de importação de milho e produtos do complexo soja de países de fora do Mercosul ainda não surtiu efeito nos preços praticados no mercado.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam R$ 71,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os vendedores desejam valores mais altos. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2021, há registro de negócios a R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em julho ou em agosto do ano que vem. Para o cereal da 2ª safra de 2022, a indicação de compra, para exportação, é de R$ 40,00 por saca de 60 Kg FOB, base Dourados, sem interesse de venda. No Rio Grande do Sul, os compradores têm buscado milho de outros Estados e com isso os negócios apresentam pouca liquidez. Não havia sequer sinalização de preço de comprador. Em relação ao milho da safra de verão (1ª safra 2020/2021), os compradores indicam entre R$ 67,00 e R$ 68,00 por saca de 60 Kg FOB Passo Fundo, para retirada em fevereiro e pagamento em março do próximo ano.