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20/Nov/2020

Atraso no plantio da soja ameaça 2ª safra de milho

A estiagem em áreas produtoras de soja no Brasil atrasou o plantio e deve implicar em colheita tardia da oleaginosa, que normalmente começa em janeiro e fevereiro. Isso vai estreitar a janela ideal de oportunidade para o plantio de uma 2ª safra, normalmente milho e algodão, nas mesmas áreas. Isso pode ter um impacto negativo na colheita do cereal, cuja 2ª safra rende três quartos do volume total.

A estimativa de novembro feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já havia reduzido a expectativa para a safra de verão (1ª safra 2020/2021) de milho, embora a previsão de 105 milhões de toneladas para a safra total já seja mais cautelosa do que a do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Relatos de algumas pancadas de chuva no Brasil e na Argentina farão pouco para mudar a situação geral, e as previsões para o Brasil são de que chuvas esporádicas e insuficientes continuem nas principais áreas de cultivo em Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

O plantio foi atrasado pelas condições de seca e existe o risco de que os rendimentos potenciais sejam reduzidos. Vários campos precisam ser semeados novamente, mas dificilmente sobra tempo para fazer isso. Mesmo com o alerta, se espera uma safra recorde de soja e milho, com o USDA prevendo 133 milhões de toneladas para a soja e 110 milhões de toneladas para o milho. Os produtores brasileiros já venderam mais soja da safra 2020/2021 com antecedência (um total de 72 milhões de toneladas na primeira semana de novembro) porque querem lucrar com a alta dos preços internacionais e o Real fraco. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.