03/Mar/2021
Apesar da relação de troca favorável no período de compras de fertilizantes para a 2ª safra de milho de 2021, o custo do insumo subiu em relação à safra passada. No Paraná, os produtores estimam alta de 42% no custo de adubação por hectare, na comparação com a 2ª safra de 2020, a R$ 910,00 por hectare. O preço do adubo não subiu tanto quanto o do milho, mas, mesmo assim, o custo aumentou bastante.
No Estado, o custo operacional da 2ª safra de 2021 (que leva em conta o desembolso do produtor com insumos, mão-de-obra, transporte, financiamento e despesas administrativas) é 8% superior ao do ciclo 2019/2020. Os fertilizantes representam 28% do custo operacional da cultura no Estado, ante participação de 23% na 2ª safra de 2020. A relação de troca é, em média, de 28 sacas de 60 Kg de milho para 1 tonelada de fertilizante, enquanto na 2ª safra de 2020 eram necessárias 50 sacas de 60 Kg do cereal para adquirir 1 tonelada de adubo.
Os dados se referem a uma propriedade modelo de Cascavel (PR), que integra o projeto Campo Futuro da Confederação Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e foram disponibilizados pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). O principal fator apontado para a elevação é a forte valorização do dólar ante o Real, já que a maior parte dos adubos são importados. O custo da 2ª safra de 2021 como um todo será maior em relação à 2ª safra de 2020, em virtude da importação de insumos e da alta do preço desses produtos no mercado internacional.
Mas, mesmo com a alta de custos, a rentabilidade tende a ser positiva. Em Mato Grosso, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) calcula que o custo dos fertilizantes subiu 8% por hectare, para R$ 678,42 por hectare, levando em conta o NPK (nitrogênio, fósforo e potássio). O custo operacional, estimado leva em conta o desembolso do produtor com insumos, mão-de-obra, transporte, financiamento e despesas administrativas.
No Estado, o custo operacional da 2ª safra de 2021 avançou 5%, de R$ 2.700,77 por hectare na 2ª safra de 2020 para R$ 2.840,06 por hectare na 2ª safra de 2021. A fatia de participação do custo de fertilizantes no custo operacional do cereal se manteve em 24% na 2ª safra de 2021. Na média da safra, é possível perceber que a relação de troca foi mais favorável para o produtor, diante dos preços remuneradores do milho. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.