09/Mar/2021

A necessidade de adquirir milho tem obrigado consumidores domésticos a elevar as indicações até atingir níveis que atraiam vendedores. Em Goiás, a alta do cereal está viabilizando a realização de negócios. De modo geral, prevalece o fraco interesse de produtores em vender agora, já que ainda há boa parte da safra para plantar no Estado e há perspectiva de demanda firme e oferta justa nos próximos meses. Os compradores do mercado interno indicam R$ 80,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento no curto prazo na região de Rio Verde; R$ 78,00 por saca de 60 Kg, na região de Catalão.

A demanda é muito forte para proteína animal, mas com o alto custo do frete, tem sido difícil levar milho para São Paulo, Minas Gerais, Paraná. Tem ainda a safra de verão (1ª safra 2020/2021) chegando, então a maior parte dos volumes fica em Goiás. Para a 2ª safra de 2021, os compradores do mercado interno e tradings indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em agosto. A realidade atual, contudo, é de produtores distantes do mercado. No Paraná, na região norte, a indicação de compra é de R$ 81,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias.

Resta pouco milho da 2ª safra de 2020 nos silos, e alguns vendedores mostram pouca disposição em comercializar agora, na expectativa de valores maiores. Para entrega imediata em Santa Catarina, os compradores indicam R$ 87,00 por saca de 60 Kg mais ICMS, com pagamento em 30 dias. Para a negociação antecipada da 2ª safra de 2021, a indicação de compra na região oeste do Paraná é de R$ 73,00 por saca de 60 Kg, para embarque em julho e pagamento no mês seguinte. No Porto de Paranaguá, a indicação é de R$ 76,00 por saca de 60 Kg, para entrega e pagamento em agosto. Os vendedores, contudo, apostam em valores mais altos mais adiante com os atrasos no plantio da 2ª safra de 2021.