12/Mar/2021
A necessidade de abastecimento faz o preço do milho subir pontualmente em várias regiões. Os compradores do mercado interno têm tentado atrair ofertas, mas os volumes que rodam são insuficientes para suprir as necessidades de empresas de grande porte. A alta média nos últimos sete dias é de R$ 1,00 por saca de 60 Kg. Só neste mês, o milho marca valorização de 7,24%, refletindo principalmente a preocupação com a oferta do cereal em 2ª safra após atrasos no plantio e elevação dos custos de transporte. Até agora, os produtores não demonstram interesse em comercializar lotes maiores antes de terem noção mais clara do quanto colherão de milho na 2ª safra de 2021. A cautela se dá não só porque os preços podem subir mais, como também porque boa parte da produção futura já está vendida e terá de ser entregue. Na Região Sul, a situação é semelhante: os preços desta semana estão mais altos do que na semana passada, sustentados pela demanda.
Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, os compradores do mercado interno indicam entre R$ 71,00 e R$ 71,50 por saca de 60 Kg FOB no spot, para embarque e pagamento em abril. O mercado é pontual nesta semana, apesar da grande procura por produto. Os compradores estão atuantes porque sabem que tem pouco milho no mercado. Com relação à negociação antecipada da 2ª safra de 2021, a indicação de compra é de R$ 64,00 por saca de 60 Kg. Os produtores continuam focados no cumprimento de contratos de soja e nos trabalhos de campo. Quanto à 2ª safra de 2022, a indicação de compra é de R$ 59,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem.
No Rio Grande do Sul, na região da Serra Gaúcha, a indicação de compra é de R$ 85,00 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento em 15 dias. Na região de Passo Fundo, os compradores indicam entre R$ 82,00 e R$ 82,50 por saca de 60 Kg FOB, nos mesmos prazos. Os vendedores, contudo, preferem aguardar. As indicações de compra, apesar de estáveis na comparação diária, estão de R$ 1,00 a R$ 2,00 por saca de 60 Kg acima da semana passada. A alta acompanhou a necessidade de compradores. A demanda neste momento vem de indústrias e granjas. Na ponta vendedora, alguns buscam valores ainda mais altos. A conta ainda não fecha para trazer milho da Região Centro-Oeste, porque o frete é considerado elevado e há baixa disponibilidade de caminhões. Para a negociação futura da safra 2021/2022, ainda não surge interesse de compra ou venda no norte do Estado.