23/Mar/2021
Segundo o Rabobank, a escassez de milho no Brasil no primeiro semestre do ano e o atraso no plantio da 2ª safra de 2021 devem limitar o início do programa de exportação do grão brasileiro em junho, favorecendo as exportações de soja. Apesar da maior produção de milho da história do Brasil, registrada na safra 2019/2020, de 102 milhões de toneladas, o forte consumo doméstico e as exportações em 2020 reduziram os estoques locais e sustentaram altas consecutivas.
Além disso, as produtividades obtidas na safra de verão (1ª safra 2020/2021) foram menores do que as projetadas e o plantio tardio da 2ª safra de 2021 deve resultar em colheita atrasada. No mercado internacional, a perspectiva também é de oferta justa e maior demanda. Os preços elevados de milho e soja na Bolsa de Chicago, com estoques finais baixos das duas commodities nos Estados Unidos, devem levar a aumento de área das duas culturas, porém com maior incremento para a soja. Estes são indicativos de que os preços devem seguir suportados em 2021.
A previsão é de um novo recorde no consumo global de milho, com a China importando em torno de 30 milhões de toneladas do cereal neste ano, elevando as exportações mundiais em cerca de 15%. Existe a possibilidade de oferta menor do que a prevista atualmente, a depender do clima na América do Sul. A escassez de chuvas na Argentina e o excesso de chuvas em algumas regiões brasileiras adicionam incerteza em um cenário de demanda global aquecida. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.