14/Abr/2021

Os preços do milho continuam subindo nas regiões produtoras do País. Na Região Sul, onde os produtores ainda têm o grão, as ofertas surgem com mais frequência. Na Região Centro-Oeste, onde só se colhe na 2ª safra, raros são os produtores que ainda dispõe do grão em estoque. Desta forma, nem a disparada de preços do grão estimula acordos. As negociações futuras também são lentas, por causa das incertezas em relação ao desempenho da 2ª safra de 2021, sobretudo no Centro-Oeste, onde boa parte do grão foi semeada fora da janela ideal de plantio.

No Rio Grande do Sul, o avanço dos preços vem estimulado a comercialização no spot, que evolui aos poucos. Na região de Vacaria, há registro de negócios a R$ 94,00 por saca de 60 Kg, para retirada em até 20 dias e pagamento em 10 dias. As indicações registram alta entre R$ 2,00 e R$ 4,00 por saca de 60 Kg nos últimos sete dias. As indústrias indicam entre R$ 90,00 e R$ 92,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata na região da Serra Gaúcha e pagamento à vista e R$ 95,00 por saca de 60 Kg, para pagamento mais longo. Os produtores estão retraídos, na expectativa de novas altas.

Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os preços continuam avançando. Os compradores indicam R$ 80,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento imediatos. Mesmo com o preço subindo, praticamente não tem ofertas por parte do produtor, pois há pouco milho estocado na região. Assim, é baixo o volume negociado. Em relação à negociação antecipada da 2ª safra de 2021, os compradores indicam R$ 72,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em julho e pagamento em agosto de 2021. Os produtores estão cautelosos.