15/Abr/2021
Os futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (14/04), refletindo preocupações com o clima predominantemente seco no Brasil e seu possível impacto sobre a segunda safra no País. A meteorologia informou que áreas centrais devem ter chuvas entre fracas e moderadas nesta semana. Na Região Sul, a previsão é de chuvas fracas e temperaturas acima do normal. É preciso seguir acompanhando o comportamento do clima neste mês de abril e primeira metade de maio, que, por enquanto, vem se mostrando prejudicial e limitador para a produtividade.
O vencimento julho do grão subiu 13,00 cents (2,29%) e fechou a US$ 5,79 por bushel. A perspectiva de estoques apertados nos Estados Unidos também deu suporte às cotações. Os preços têm de subir mais para inibir a demanda por milho da safra velha e garantir que os estoques sejam adequados. O fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, contribuiu para os ganhos. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Dados que mostraram queda da produção de etanol no país, porém, não mexeram com os preços.
De acordo com a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos, a produção média foi de 941 mil barris por dia na semana encerrada em 9 de abril, volume 3,5% menor do que o registrado na semana anterior, de 975 mil barris por dia. O número de produção teve pouco impacto sobre os futuros de milho. O USDA pode estar superestimando o uso de milho para a fabricação de etanol em pelo menos 762 mil toneladas. No dia 9 de abril, o USDA elevou sua projeção de 125,73 milhões para 126,37 milhões de toneladas.