22/Abr/2021

O apetite da China pelo milho mundial deve bater um recorde este ano - e as importações da próxima temporada serão a segunda maior - à medida que o país asiático enfrenta seu próprio déficit de grãos. As reservas de grãos em declínio na China estão por trás de um salto de 17% nas estimativas de importação para o país asiático, segundo o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim, agora antecipando 28 milhões de toneladas de importações de milho pela China na temporada 2020/2021. Importações substanciais de milho serão necessárias para controlar novos aumentos de preços e manter estoques intermediários durante o ano civil de 2021, segundo o adido do USDA. A China não precisará tanto do milho mundial no período 2021/2022, com importações estimadas em 15 milhões de toneladas, de acordo com o adido do USDA.

Os preços do milho nos EUA subiram 87% durante o ano passado, já que a China colheu quantidades recordes do grão para reabastecer os rebanhos suínos, se recuperando mais rápido do que o esperado da Peste Suína Africana. Novos surtos do vírus mortal surgiram, gerando preocupação de que a demanda da China por importações de rações possa diminuir e esfriar o maior rali de futuros de safras em uma década. Os EUA veem a China utilizando mais estoques de arroz e trigo na próxima safra para substituir o milho que está mais caro. Ainda assim, não se espera que a demanda por milho mude muito até o final do ano de 2022, segundo o adido do USDA. Fonte: Bloomberg. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.