27/Mai/2021
Os futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (26/05), refletindo um movimento de correção. Na sessão anterior, os preços recuaram 5,6%, com o plantio quase concluído nos Estados Unidos e rumores de que a China estaria cancelando compras já feitas da safra velha. A queda do dia 25 de maio também atraiu interesse de importadores. O vencimento julho do grão subiu 4,25 cents (0,69%) e fechou a US$ 6,24 por bushel. A redução dos estoques de etanol nos Estados Unidos também deu suporte às cotações.
No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. A Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA) informou que as reservas de etanol recuaram 0,5% na semana encerrada em 21 de maio, para 18,98 milhões de barris, o menor nível desde dezembro de 2016. A produção média diminuiu 2,03% na semana passada, para 1,011 milhão de barris por dia. Apesar das quedas recentes, a oferta global ainda é apertada e os preços devem voltar a subir. Com uma safra sul-americana que não parece tão forte e estoques de passagem enfraquecidos, não há muita margem para erro nesta temporada de desenvolvimento.
A China irá supervisionar com mais rigor a negociação de commodities, num esforço para garantir que oscilações anormais de preços não afetem a recuperação econômica do país. Isso, porém, não mexeu com os preços de milho nesta quarta-feira (26/05). É uma situação interessante, pois os produtos futuros continuam a se internacionalizar, de modo que a China pode definir os preços das principais commodities. Há muita intervenção do governo se os movimentos nos preços das commodities são vistos como 'irracionais' ou especulativos.