01/Jun/2021
Em Mato Grosso, os preços indicados por compradores no spot vêm caindo gradualmente. Em algumas localidades, a queda nos últimos sete dias chega a R$ 6,00 por saca de 60 Kg. Como o foco dos produtores está em acompanhar o desenvolvimento das lavouras da 2ª safra de 2021 e não em vender o milho da temporada passada, poucos são os negócios relatados. Além disso, os consumidores domésticos tentam aguardar a chegada da safra nova, na expectativa de que os preços, em patamares ainda elevados, recuem um pouco mais.
A comercialização antecipada da 2ª safra de 2021 segue parada. Na região de Campo Verde, os consumidores domésticos indicam entre R$ 76,00 e R$ 77,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento imediatos. Os valores atuais são bem inferiores à faixa de R$ 83,00 a R$ 85,00 por saca de 60 Kg FOB indicado por compradores no início da semana passada. Para a 2ª safra de 2021, os compradores mantêm a indicação entre R$ 70,00 e R$ 71,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque entre julho e agosto e pagamento de agosto e setembro. Para a negociação antecipada da 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 60,00 por saca de 60 Kg, para embarque em julho do ano que vem e pagamento em agosto.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, muitos compradores seguem afastados das negociações. A indicação é de R$ 90,00 por saca de 60 Kg, para entrega em junho e pagamento em julho. Chegou milho importado na região. Por enquanto, os vendedores capitalizados com os pagamentos da soja, buscam valores mais altos. Na região norte, os compradores estão fora das negociações, abastecidos com cereal importado e milho da Região Centro-Oeste. Além disso, esperam pela oferta da 2ª safra de 2021. Para a negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), os compradores indicam entre R$ 70,00 e R$ 75,00 por saca de 60 Kg, para retirada em fevereiro e março de 2022 e pagamento no fim de março do ano que vem na região dos Campos Gerais. Os vendedores, contudo, já negociaram entre R$ 85,00 e R$ 90,00 por saca de 60 Kg e preferem aguardar oportunidades mais remuneradoras, argumentando que os custos de produção subiram.