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11/Jun/2021

EUA: preço do milho no nível mais alto em 8 anos

O volume expressivo de déficits no mercado de milho observado nos últimos anos, acompanhado apenas de um aumento marginal na área plantada dos Estados Unidos em 2021, além de forte demanda, principalmente da China, são os motivos pelos quais o preço do milho em maio foi para o seu nível mais alto em oito anos. Apesar disso, o movimento foi invertido com as estimativas feitas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que prevê um superávit na temporada 2021/2022, vista com surpresa pelo mercado. Mesmo assim, a alta deve continuar. Sendo influenciada, em parte, pelo clima quente no Meio Oeste dos Estados Unidos. Neste momento, a indústria de etanol do país se recupera cada vez mais.

Segundo dados da Administração de Informações de Energia dos Estados Unidos (EIA), a produção diária de etanol nos Estados Unidos está de volta ao mesmo patamar de 15 meses atrás. Em média, nas últimas quatro semanas, o preço da commodity ficou apenas marginalmente abaixo da quantidade produzida, nesta mesma época do ano, entre 2017 e 2019. Contribuiu para os ganhos das últimas semanas o fato de que a rentabilidade da produção de etanol, apesar da queda do milho na segunda quinzena de maio, ter atingido o seu nível mais alto em sete anos. Embora isso tenha se normalizado, uma vez que o preço do milho subiu levemente, as margens ainda estão mais altas do que o normal para esta época do ano.

Como resultado da pandemia, a fraca demanda por combustível e uma redução na produção de etanol fizeram com que a quantidade de milho dos Estados Unidos, que foi canalizado para a produção de etanol, caísse 11% em 2019/2020 em comparação com o nível médio dos últimos três anos. A recuperação robusta da produção de etanol pode exigir revisões para cima, já que os estoques continuam baixos. Ao mesmo tempo, a demanda por etanol para misturar à gasolina está aumentando. O movimento reflete a redução das restrições impostas pela pandemia, que foram significativamente diminuídas no país norte-americano, além das viagens que voltaram a crescer. O consumo de etanol ainda está 3% abaixo do nível pré-pandêmico. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.