18/Jun/2021
Os preços do milho caíram entre R$ 5,00 e R$ 6,00 por saca em um dia, puxados pela forte queda dos futuros em Chicago. Os preços do milho vêm recuando quase diariamente em Mato Grosso, principal Estado produtor de 2ª safra. Além do início da colheita no Estado, os compradores vêm aproveitando a condição de relativo abastecimento para reduzir suas indicações no spot, que, em algumas regiões, já envolve a 2ª safra de 2021. Apenas pequenos consumidores domésticos adquirem volumes pontuais. Apesar da queda, os valores indicados pelo mercado interno ainda são superiores aos de exportação.
Este quadro, no entanto, pode mudar à medida que a movimentação de milho aumentar e, com ela, o custo do frete, o que pode levar empresas locais a indicarem menos pelo cereal. Na região de Campo Verde, as granjas indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento logo após a entrega. Os produtores querem valores mais altos e a negociação não avança. Os preços indicados por empresas do mercado interno da Região Sul do País estão semelhantes aos dos consumidores locais, o que tem inviabilizado negócios.
Para a 2ª safra de 2021, apenas tradings têm apresentado indicações, a R$ 60,00 por saca de 60 Kg, para embarque em julho e pagamento em agosto. Para negociação antecipada da 2ª safra de 2022, a indicação de compra para exportação está entre R$ 52,00 e R$ 53,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho do ano que vem e pagamento em agosto. O interesse de compradores no momento é fraco. Os consumidores domésticos indicam R$ 60,00 por saca de 60 Kg.
No Rio Grande do Sul, os preços registram queda nos últimos sete dias. Há registro de negócios pontuais a R$ 92,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata nas regiões de Garibaldi, Lagoa Vermelha e Encantado, para pagamento em dez dias. Os vendedores ofertam lotes pontualmente. Os compradores estão abastecidos porque não estão produzindo muita ração. No Paraná, na região oeste, o mercado está parado, pois os compradores estão afastados das negociações.