21/Jun/2021
A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) comentou ver com serenidade a eventual importação de milho de países de fora do Mercosul, sobretudo dos Estados Unidos, como reforço momentâneo para o abastecimento interno. Além disso, comentou que, em relação à transgenia, as decisões da CTNBio têm como base a ciência. Ressaltou, entretanto, que, diante do cenário de consumo cada vez maior do grão no País e para exportações (por meio de carne suína e de frango), é de fundamental importância impulsionar a produção nacional.
Para tanto, a entidade acredita que o Brasil precisa de um plano estratégico, que tenha apoio direto do governo, de incentivo ao cultivo do grão. O produtor precisará do suporte de um plano, ancorado em novas tecnologias, seguro rural, crédito equilibrado, mecanismos didáticos e eficientes de comercialização antecipada, entre outros pontos. A entidade disse, ainda, que mantém diálogo constante com representantes da cadeia produtiva de suínos e frangos de corte, recomendando, sempre que seja possível, a compra antecipada de milho, a fim de garantir o abastecimento do setor de proteína animal. De um ano para cá, os preços do milho dispararam no mercado interno por causa da demanda aquecida pelo grão.
A China importou quantidades recordes de carne de frango e suína (cujo principal insumo é o milho), o que reforçou a demanda interna pelo grão para as criações. Além disso, há baixos estoques do grão e a safra de inverno enfrenta problemas climáticos. Diante desse cenário, o setor produtivo solicitou a autorização para importação de milho de países de fora do Mercosul e a CTNBio avalia a possibilidade de liberar a importação de grão transgênico dos Estados Unidos, pois as variedades transgênicas cultivadas no Brasil são diferentes das cultivadas no país norte-americano. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.