30/Jun/2021
As negociações de milho, tanto no spot quando da 2ª safra de 2022, avançam lentamente no Brasil. Na Região Sul, compradores e vendedores não chegam a um consenso sobre valores e a disputa é alimentada pela possibilidade de alta caso as geadas previstas para a região e para parte de Mato Grosso do Sul comprometam mais as lavouras de 2ª safra. Em Mato Grosso, a colheita ainda não se traduziu em aumento da oferta, já que os produtores estão cumprindo contratos travados meses atrás e checando a produtividade no campo. As cotações não apresentam alterações significativas. Na região de Sorriso, o mercado está parado. As indicações das usinas estão se mantendo entre R$ 59,00 e R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em 30 de agosto, mas os produtores não querem vender nesses níveis.
Para exportação, as indicações de tradings seguem inferiores às do mercado interno, a R$ 53,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em setembro. As usinas de etanol se dizem abastecidas até outubro. Os produtores, de sua parte, tampouco estão levando milho novo ao mercado. A comercialização antecipada da 2ª safra de 2022 também é lenta. As indústrias de etanol indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho do ano que vem e pagamento em agosto. Para exportação, a indicação é de R$ 52,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em setembro de 2022. No Paraná, na região de Ponta Grossa, a negociação de milho também está travada por causa da disparidade de preços entre produtores e vendedores. A oferta é restrita. A indicação de compra é de R$ 80,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega e pagamento imediatos, sem interesse de venda. Quanto à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), os negócios estão parados.