23/Jul/2021
Os preços elevados do milho no mercado interno tendem a inibir a demanda pelo cereal. A conta (para a indústria) não está fechando e dificilmente vai fechar no próximo semestre até a entrada da safra verão (1ª safra 2021/2022). Sendo assim, em algum momento, esses preços altos vão inibir a demanda pelo cereal. Mesmo que o Brasil recorra à importação do cereal, em virtude da quebra da 2ª safra de 2021, as cotações tendem a continuar no atual patamar ou até subir no segundo semestre do ano. Importação não é sinônimo de preço barato, principalmente pelos custos de câmbio e logística. Também há um problema de falta de milho no mundo.
A importação do cereal não é uma alternativa viável para fábricas mais distantes dos portos. Regiões mais próximas dos portos de desembarque como Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC) conseguem equacionar a demanda com importação, mas, para o consumidor localizado no interior do Brasil, a importação não é solução. A importação será necessária para abastecimento interno nesta safra mesmo que as tradings estejam redirecionando milho de exportação para processamento local. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima colheita de 67 milhões de toneladas do cereal na 2ª safra de 2021. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.