02/Ago/2021

O Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) reduziu para 6,1 milhões de toneladas sua estimativa de produção milho na 2ª safra de 2021 do Estado, 58% abaixo da previsão inicial, de 14,6 milhões de toneladas. Em termos de volume, é a maior perda da história do Paraná. Os 8,5 milhões de toneladas que deixarão de ser colhidos nesta temporada equivalem a três primeiras safras de milho no Estado, que normalmente produz em torno de 3 milhões de toneladas na safra de verão. A perda financeira estimada, considerando os preços médios de 2021, é de aproximadamente R$ 11,3 bilhões.

Com menos produção, o preço ao produtor está superando R$ 90,00 por saca de 60 Kg neste mês, o que aumenta os custos para empresas de frangos e suínos. As geadas da semana passada ainda não foram contabilizadas, o que pode reduzir ainda mais as expectativas. Para o milho, a tempestade foi perfeita, com estiagem, geada e a praga do enfezamento em uma única safra e em intensidade grande, uma referência ao clima seco em boa parte da safra, geadas de forte intensidade no fim de junho e, em menor grau, na segunda metade de julho.

Apesar desse cenário pessimista, os preços estão interessantes para os produtores, um aumento em torno de 124% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Há potencial para aumento de preços no segundo semestre, dependendo também do câmbio, da produção norte-americana e da demanda chinesa. Considerando diversas culturas produzidas no Estado, a previsão de produção é de 34,4 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021, 16% abaixo dos 41,2 milhões de toneladas de 2019/2020. A área plantada nesta temporada será de 10,4 milhões de hectares, 4% maior do que na safra passada. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.