09/Ago/2021

A Lar Cooperativa, com sede em Medianeira (PR) e atuação, além do Paraná, também em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, projeta que a escassez de milho para a pecuária brasileira deve prosseguir até a 2ª safra de 2022. Além da falta de milho, o preço alto do grão vai perdurar também por esse período. A Lar, que atua no setor de carne de frango, se reuniu com todas as grandes empresas que abatem aves, em encontro coordenado pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). E a análise de falta do grão até a colheita da 2ª safra de 2022 foi consensual. Então, por esse período, o cenário é de necessidade de importação de milho, de preços altos do grão, de carnes e de proteína animal em geral, além da ração. A Lar tem importado milho, assim como outros grandes consumidores do grão. Além da safra que recebeu de cooperados, está trazendo o grão de Mato Grosso do Sul e do Paraguai.

Assim, a Lar terá um bom volume vindo do país do Mercosul. Outras regiões nas quais a cooperativa tem buscado o grão é em Mato Grosso e na Argentina. Apesar da quebra de safra no Paraná, a Lar ainda está numa situação confortável em relação ao abastecimento. A cooperativa recebe em média 40 milhões de sacas de 60 Kg por ano de milho e consome 22 milhões de sacas de 60 Kg. Se a quebra no Paraná for próxima de 50%, ou menos, ainda assim haverá milho suficiente para as operações. Porém, como atende outros clientes, tem de ter um excedente de milho. Já há contrato fechado para mais 11 milhões de sacas de 60 Kg da Argentina e de Mato Grosso. Assim, mesmo com a quebra, haveria sobra de 10 milhões de sacas de 60 Kg. Para reduzir a dependência extrema do milho 2ª safra, a Lar vai lançar, em breve, uma campanha para que os cooperados também plantem milho na safra de verão (1ª safra). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.