27/Ago/2021
Os futuros de milho fecharam em leve baixa nesta quinta-feira (26/08) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado pelo avanço do dólar ante as principais moedas e pelo enfraquecimento do petróleo. A alta da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros, enquanto a queda do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento dezembro do grão cedeu 1,00 cent (0,18%), e fechou a US$ 5,50 por bushel. As perdas foram limitadas por uma nova venda avulsa do grão norte-americano.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 100 mil toneladas de milho para a Colômbia. Separadamente, o USDA informou que exportadores venderam 6,6 mil toneladas de milho da safra 2020/2021 na semana encerrada em 19 de agosto. Para 2021/2022, foram relatadas vendas de 684 mil toneladas. Quanto às chuvas previstas para o Meio Oeste dos Estados Unidos nos próximos dias, alguns analistas acreditam que elas devem impedir uma piora da condição da safra de milho, mas não vão conseguir melhorar o rendimento. Na segunda-feira (23/08), o USDA informou que 4% da safra do país já estava madura.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou nesta quinta-feira (26/08) que a produção brasileira de milho deve alcançar 115,9 milhões de toneladas na safra 2021/2022, aumento de 33,8% ante 2020/2021. Do volume total, 87,3 milhões de toneladas devem ser colhidas na 2ª safra de 2022 (+45% ante 2020/2021). Para 2ª safra de 2021, que ainda está sendo colhida, a Conab projeta produção de 60,3 milhões de toneladas, queda de 20%. Apesar do otimismo em relação a 2021/2022, analistas vêm alertando para a possibilidade de ocorrência do fenômeno La Niña pelo segundo ano consecutivo.