30/Ago/2021

Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (27/08) na Bolsa de Chicago, refletindo o enfraquecimento do dólar no mercado internacional e a alta do petróleo. A queda da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros, enquanto o avanço do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento dezembro do grão subiu 3,00 cents (0,54%), e fechou a US$ 5,53 por bushel.

Temores de que a tempestade tropical Ida cause atrasos na colheita no Delta do Mississippi e no sudeste dos Estados Unidos também deram suporte às cotações. Os ganhos foram limitados pela possibilidade de redução dos volumes obrigatórios de mistura de biocombustíveis nos Estados Unidos. A fraca demanda externa pelo grão norte-americano também pesou sobre o mercado, embora o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tenha anunciado na sexta-feira (27/08) uma venda avulsa de 150 mil toneladas de milho para a Colômbia, com entrega em 2021/2022.

O avanço dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos e seu possível impacto sobre a atividade econômica é outro fator que está afeando as commodities. A proximidade do fim do verão e a redução das viagens provavelmente causarão uma diminuição no uso de combustíveis renováveis. O aumento dos casos de Covid-19 e das restrições pode contribuir para a redução do consumo de combustível. O mercado teme que isso possa resultar em aumento dos estoques de etanol, que já estão elevados.