06/Dez/2021
Os futuros de milho fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva na sexta-feira (03/12) na Bolsa de Chicago. Fundos de investimento continuaram cobrindo posições vendidas após as fortes perdas registradas no começo da semana passada. Mesmo assim, os preços do grão acumularam desvalorização de 1,30% na semana passada. Os ganhos também foram sustentados por relatos na mídia de que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) deve divulgar nos próximos dias sua proposta para os volumes de biocombustíveis que refinarias do país devem misturar a combustíveis fósseis em 2021 e 2022.
No país, o etanol é feito principalmente com milho. O vencimento março do grão subiu 7,25 cents (1,26%), e fechou a US$ 5,84 por bushel. Num prazo mais longo, os futuros de milho podem ficar particularmente suscetíveis a possíveis mudanças na política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) isso porque fundos de investimento detêm uma posição líquida comprada significativa. O maior risco é a influência de outros mercados, já que o saldo comprado em milho é historicamente grande e os fundos podem liquidar posições se a política do Fed mudar para uma abordagem menos inflacionária.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires elevou sua projeção de área plantada na Argentina, de 7,1 milhões para 7,3 milhões de hectares, após ajustes na área da temporada anterior. O plantio na última semana atingiu 31,1% da nova área prevista. Na semana passada, o avanço foi de 1,1%. Na comparação com a época correspondente do ano passado, os trabalhos estão 3,9% atrasados. A safra de milho na Argentina deve alcançar um recorde de 55 milhões de toneladas na temporada 2021/2022.