09/Dez/2021
Os futuros de milho fecharam em leve alta nesta quarta-feira (08/12) na Bolsa de Chicago, com sinais de demanda externa pelo grão norte-americano. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram vendas de 1,844 milhão de toneladas de milho para o México, sendo 1,089 milhão de toneladas para 2021/2022 e 754.380 toneladas para 2022/2023. Embora fosse de conhecimento geral que o México estava buscando milho nos Estados Unidos nesta semana, ainda foi agradável ver a quantidade que eles compraram. O vencimento março do cereal ganhou 1,25 cent (0,21%), e fechou a US$ 5,87 por bushel. Dados de produção de etanol nos Estados Unidos vieram acima da expectativa e deram suporte aos preços.
De acordo com a Administração de Informação de Energia do país, a produção média foi de 1,090 milhão de barris por dia na semana encerrada em 3 de dezembro. O volume representa aumento de 5,3% ante o registrado na semana anterior, de 1,035 milhão de barris por dia. Os estoques do biocombustível aumentaram 1%, para 20,5 milhões de barris. A proposta da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) para os volumes obrigatórios de mistura de etanol de milho no país impediu uma alta mais acentuada. Para 2020, o volume foi reduzido de 15 bilhões para 12,5 bilhões de galões (56,8 bilhões para 47,31 bilhões de litros). Para 2021, a proposta é de 13,32 bilhões de galões (50,42 bilhões de litros). Para 2022, o volume é de 15 bilhões de galões (56,8 bilhões de litros). A agência também propôs rejeitar 65 solicitações pendentes de isenções a pequenas refinarias.
Alegando que os volumes obrigatórios de mistura causam dificuldades financeiras, muitas dessas refinarias recorrem diretamente à EPA para serem desobrigadas da exigência. Para a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA), que representa o setor de etanol nos Estados Unidos, as propostas da EPA de retomar o volume estatutário de 15 bilhões de galões de etanol de milho em 2022 e de rejeitar as isenções a pequenas refinarias são "um passo modesto na direção certa". A redução retroativa dos volumes para 2020, no entanto, desagradou à associação. Quanto ao relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta quinta-feira (09/12), a expectativa de analistas é de que os estoques de milho ao fim de 2021/2022 sejam reduzidos de 37,92 milhões de toneladas para 37,72 milhões de toneladas.