15/Dez/2021

O clima seco na Região Sul tem pautado até mesmo as negociações em algumas localidades da Região Centro-Oeste. Com incertezas sobre se a Região Sul conseguirá colher uma boa safra de verão (1ª safra 2021/2022), até mesmo consumidores do Sul procuram se antecipar e comprar milho em Mato Grosso do Sul, para garantir estoques no início do ano.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, o desacordo sobre preços do milho no spot predomina e, com isso, o mercado fica travado. Os compradores indicam R$ 92,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, mas os produtores estão receosos e esperam que o preço suba. Além disso, os produtores estão mais preocupados, agora, em comercializar trigo e cevada recém-colhidos. O mercado é lento. Em relação à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), não há sequer indicações de preço, nem de compra, nem de venda. O mercado segue de atento ao clima do Rio Grande do Sul, onde as lavouras do cereal vêm enfrentando uma estiagem.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, empresas de Santa Catarina continuam buscando milho no mercado à vista, se antecipando a uma possível oferta menor, em decorrência do clima mais seco. Há registro de negócios a R$ 80,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em janeiro e pagamento no fim de janeiro. Para exportação, as indicações de compra são de R$ 77,00 por saca de 60 Kg FOB Dourados e R$ 87,00 por saca de 60 Kg, para entrega no Porto de Paranaguá (PR), nos mesmos prazos. Com relação à 2ª safra de 2022, tradings e usinas de etanol indicam R$ 68,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto do próximo. Os produtores estão retraídos.