17/Jan/2022
Os futuros de milho fecharam em alta nesta sexta-feira (14/01) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados em parte pelo fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Sinais de demanda externa pelo grão norte-americano também deram suporte às cotações. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 100,4 mil toneladas de milho para o México, com entrega prevista para o ano comercial 2021/2022.
O vencimento março do grão subiu 8,75 cents (1,49%), e fechou a US$ 5,96 por bushel. A previsão de chuvas em algumas áreas da América do Sul limitou os ganhos, mas o mercado continua preocupado com perdas na safra da região. No dia 12 de janeiro, a Bolsa de Comércio de Rosário publicou sua primeira estimativa para a safra de milho da Argentina, de 48 milhões de toneladas. A projeção mais recente do USDA é de 54 milhões de toneladas. Em dezembro, havia expectativa de que a produção pudesse alcançar 56 milhões de toneladas, mas o calor extremo, a baixa umidade relativa do ar e dias de ventos contínuos acabaram com essa esperança.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou, no dia 13 de janeiro, que a semeadura na Argentina atingiu 86,4% da área total prevista, de 7,3 milhões de hectares. Na semana, o avanço foi de 9,1%. Na comparação anual, há atraso de 4,5%. Da safra, 23% apresentavam condição boa ou excelente, em comparação a 40% na semana anterior. A parcela em condição regular/ruim aumentou de 21% para 36% no período. Especulações sobre a área a ser semeada nos Estados Unidos neste ano também influenciaram os negócios. Este provavelmente será um ano em que o mercado dará mais atenção do que o normal à área, tendo em vista os altos custos de insumos para produtores.