ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

18/Jan/2022

Preços do milho em alta e comercialização é lenta

A comercialização doméstica de milho é lenta. Por um lado, compradores e vendedores divergem quanto ao valor do cereal, o que trava a efetivação de novos contratos. Por outro, buscam números sobre as perdas nas lavouras, a fim de mensurar a real quebra na oferta e o impacto nos preços. Tanto a ponta vendedora quanto a compradora aguardam o avanço da colheita da safra de verão (1ª safra 2021/2022) para avaliar o tamanho das perdas e incorporá-lo ao preço do grão. O clima continua no radar dos agentes, especialmente nas regiões que reportam perdas nas lavouras.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, o desacordo sobre preços entre os agentes limita a negociação. Os compradores indicam R$ 96,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento até o fim do mês. Os valores não atraem vendedores. Em relação à comercialização antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), os compradores indicam R$ 92,00 por saca de 60 Kg posta nos Campos Gerais, para entrega em fevereiro e pagamento em março. O produtor não tem interesse de venda neste momento para entrega futura. Para 2ª safra de 2022, a indicação está entre R$ 80,00 e R$ 85,00 por saca de 60 Kg, para entrega em julho e pagamento em agosto. O vendedor está retraído com receio que a seca do ano passado se repita e com expectativa de aumento do preço.

Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, a demanda por milho no spot tem sido pontual e concentrada em indústrias do estado de São Paulo. Tradings não têm buscado o cereal na região. Os consumidores domésticos indicam R$ 76,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em fevereiro e pagamento em 10 de fevereiro. Com relação à 2ª safra de 2022, os compradores indicam entre US$ 11,00 e US$ 11,10 por saca de 60 Kg ou R$ 65,50 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento em setembro. Os valores não atraem ofertas.