31/Jan/2022
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (28/01) na Bolsa de Chicago, refletindo a expectativa de uma safra de verão (1ª safra 2021/2022) reduzida no Brasil. Isso deve prolongar os problemas de abastecimento interno deixados pela fraca colheita em 2020/2021. O vencimento março do grão subiu 10,75 cents (1,72%), e fechou a US$ 6,36 por bushel. Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados propõe tarifar em 15% a exportação de milho brasileiro até 31 de dezembro deste ano.
Segundo a autora da proposta, a medida vai permitir o "correto" atendimento do mercado interno. Ela argumenta que a cobrança do imposto se justifica em situação de escassez e até de falta do produto para abastecimento doméstico. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), as perdas no milho safra de verão (1ª safra 2021/2022) no Paraná já superam 1,6 milhão de toneladas. Com isso, as lavouras devem render, de acordo com os dados atuais, 2,7 milhões de toneladas. Isso representa queda de 13% em relação ao produzido na safra 2020/2021.
Uma menor estimativa para a safra da Argentina contribuiu para os ganhos. O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires estimou a produção no País em 51 milhões de toneladas, volume 3 milhões de toneladas menor do que o número oficial do USDA, divulgado em 12 de janeiro. Os produtores nos Estados Unidos devem semear 37,03 milhões de hectares com milho em 2022/2023, ante 37,80 milhões de hectares no ciclo 2021/2022.