16/Fev/2022
Os futuros de milho fecharam em queda expressiva nesta terça-feira (15/02) na Bolsa de Chicago. O mercado foi influenciado pelo enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Já o petróleo recuou com o alívio momentâneo nas tensões entre Rússia e Ucrânia.
Esse alívio também afeta diretamente o milho, pois a Ucrânia é o quarto maior exportador mundial do grão. O vencimento maio caiu 17,75 cents (2,71%), e fechou a US$ 6,3750 por bushel. Um estudo publicado na segunda-feira (14/02) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences também pesou sobre os contratos.
Segundo a Reuters, o estudo diz que o etanol de milho provavelmente contribui muito mais para o aquecimento global do que a gasolina pura. Quanto ao Brasil, o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) informou que a colheita de milho safra de verão (1ª safra 2021/2022) no Estado avançou 7% na semana e alcançou 26% da área, atraso de 2% na comparação com igual período da safra passada.
Já o plantio de milho de 2ª safra estava em 29% da área prevista até o dia 14 de fevereiro, avanço de 10% na semana e de 21% na comparação anual. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) divulgou estimativa para as exportações brasileiras de milho em fevereiro. Os embarques do cereal devem atingir 350 mil toneladas no mês, menos do que as 521.203 toneladas previstas na semana passada.