23/Fev/2022
O ritmo de negociação de milho no Brasil está bastante lento. A diferença entre os preços apresentados por compradores e vendedores, bem como o foco dos produtores nos trabalhos de campo (de colheita de soja, plantio de milho) estão limitando a comercialização de lotes no spot. Outro fator de desestímulo aos negócios é a queda do dólar ante o Real. Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, a indicação de compra é de R$ 79,00 por saca de 60 Kg, para pagamento antecipado e retirada imediata, mas produtor o produtor não tem interesse nesse valor. Também há indicação de R$ 81,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em abril e pagamento 60 dias depois.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, consumidor doméstico indica R$ 88,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os produtores estão retraídos, focados na colheita de soja e no plantio de milho, contabilizando a safra e preocupados com as condições climáticas para o desenvolvimento do cereal. Para a 2ª safra de 2022, os compradores do mercado interno indicam R$ 75,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho e pagamento em agosto, mas os vendedores desejam valores mais remuneradores (R$ 80,00 por saca de 60 Kg). Os vendedores estão preocupados com o clima. Não há atraso no plantio, mas a falta de chuva pode comprometer o que foi cultivado.
No Paraná, na região norte, os compradores indicam R$ 97,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Embora o mercado esteja mais ofertado, a indicação e venda é mais alta (R$ 99,00 por saca de 60 Kg CIF ou R$ 98,00 por saca de 60 Kg FOB). No Porto de Paranaguá, a indicação é de R$ 83,20 por saca de 60 Kg, para entrega em junho e pagamento em 30 de junho; R$ 83,40 por saca de 60 Kg, para entrega em julho e pagamento em 30 de julho; e R$ 83,50 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento em 30 de agosto.