25/Fev/2022

Os futuros de milho fecharam em alta nesta quinta-feira (24/02) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados por temores de que o conflito na região do Mar Negro afete os embarques da Ucrânia, o quarto maior exportador mundial do grão. O vencimento maio do milho subiu 9,00 cents (1,32%), e fechou a US$ 6,90 por bushel. Rússia e Ucrânia exportam principalmente para China e Europa e são importantes players. Teoricamente, tiraria o milho ucraniano e russo do mercado por estarem envolvidos em conflito em mercado que já enfrenta quebra na safra da América do Sul.

O desempenho do petróleo, que operou em alta expressiva durante a maior parte da sessão, também deu suporte às cotações, já que isso melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Dados publicados nesta quinta-feira (24/02) mostraram que a produção média de etanol nos Estados Unidos foi de 1,024 milhão de barris por dia na semana encerrada em 18 de fevereiro. O volume representa aumento de 1,48% ante o registrado na semana anterior, de 1,009 milhão barris por dia. Os estoques do biocombustível ficaram estáveis, em 25,5 milhões de barris.

Durante seu Fórum Anual de Perspectivas Agrícolas, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetou a área plantada com milho neste ano no país em 37,23 milhões de hectares, redução de 1,5% ante a temporada 2021/2022. Alguns analistas esperam uma área menor de milho por causa dos altos custos de insumos como fertilizantes nitrogenados, cujo consumo é bastante alto nas lavouras do cereal. A produção deve somar 387,11 milhões de toneladas em 2022/2023, aumento de 0,83% ante o total de 383,94 milhões de toneladas registrado no ano-safra anterior. A produtividade média do cereal deve aumentar 2,26%, de 11,11 toneladas por hectare para 11,36 toneladas por hectare. Os estoques finais de milho têm alta estimada em 27,6%, a 49,91 milhões toneladas, ante 39,11 milhões de toneladas registrado no ciclo anterior.