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15/Mar/2022

Preços do milho em alta estimulam comercialização

A comercialização de milho disponível destinado ao mercado externo continua ocorrendo de forma firme em algumas regiões do Brasil, ainda refletindo a guerra na Ucrânia, interrupções nos embarques do cereal produzido naquele país e incertezas quanto ao fornecimento global do grão. No médio norte de Mato Grosso, uma das maiores regiões produtoras de milho do País, foram reportados grandes negócios na semana passada no spot e envolvendo a 2ª safra de 2022. Na Região Sul do Brasil, a movimentação de lotes para exportação mobiliza os consumidores domésticos a elevarem os preços para garantir fornecimento.

Em Mato Grosso, na região da BR-163 (médio norte do Estado), a indicação de compra é de R$ 85,00 por saca por 60 Kg na região de Sorriso. Ainda há oferta de milho da 2ª safra de 2021 não comercializado. O mercado está mais movimentado por causa de prêmio de pânico, com empresas elevando os prêmios por não saber o que vai acontecer em virtude das incertezas atuais (conflito no Leste Europeu). Tradings estão elevando os preços indicados para a 2ª safra de milho de 2022, o que estimula os vendedores. Há registro de negócios a R$ 79,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em junho e pagamento em 30 de agosto.

No Rio Grande do Sul, há registro de negócios para o mercado interno no spot a R$ 104,00 por saca de 60 Kg em Lagoa Vermelha; R$ 103,00 por saca de 60 Kg em Júlio de Castilhos; e R$ 102,00 por saca de 60 Kg em Passo Fundo e Erechim. Indústrias e aviários estão comprando. Também estão trazendo milho de Mato Grosso, mas não estão conseguindo trazer da Argentina. O que está puxando os preços para cima é o conflito Rússia e Ucrânia, que afeta a oferta de cereais para alimentação humana e ração, elevando os preços do milho na Bolsa de Chicago e aumentando a demanda externa nos demais grandes exportadores, como o Brasil. Com isso, o mercado interno se vê obrigado a reajustar valores para manter a oferta dentro do País.