29/Abr/2022
O programa Milho + SP, lançado nesta quinta-feira (28/04), pretende elevar a produção do grão no estado de São Paulo dos atuais 3,3 milhões de toneladas para 11 milhões de toneladas até 2030. O programa é do governo de São Paulo em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e as empresas Corteva Agriscience, Valtra, marca do Grupo AGCO, e Yara. A área plantada no Estado aumentaria em um milhão de hectares no período, o que representa cerca de 7% da área agricultável no Estado, e chegaria a um total de aproximadamente 2 milhões de hectares (somando as safras de verão e 2ª safra).
O projeto deve alcançar 100 mil produtores, dos quais 30% já plantam milho e teriam melhora na produtividade, enquanto o restante trabalha hoje com outras culturas. Hoje, São Paulo consome 8,9 milhões de toneladas de milho por ano, quase três vezes mais que a produção atual. Por causa dessa diferença, há dependência de outros Estados. Em momentos em que a exportação de milho é interessante, há competição com a demanda interna. Por isso a necessidade de estimular a produção no Estado. A área extra viria, em boa parte, de locais em que hoje se planta cana-de-açúcar (5,4 milhões de hectares). Se pegarmos a taxa de rotação de 1 para 5, será possível alcançar a meta de 1 milhão de hectares.
Para incentivar os produtores, a intenção é criar um ecossistema que inclui ajuda agronômica, educação e treinamento, adoção de novas tecnologias, disponibilidade de crédito, inovação tecnológica e a chegada de indústrias no Estado. Conforme estudo realizado para o programa, as cinco regiões consideradas mais interessantes para o milho são Assis, Araçatuba, Marília, São José do Rio Preto e Presidente Prudente. Essas regiões serão prioridade, mas o trabalho não é engessado. Este é o início do programa e, com o decorrer do tempo, aumentará para outras áreas. A Abramilho afirmou que a estimativa é de que, em cinco a dez anos, o Brasil deve produzir mais milho do que soja. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.