29/Abr/2022
Os futuros de milho fecharam em leve alta nesta quinta-feira (28/04) na Bolsa de Chicago, refletindo a boa demanda chinesa pelo grão produzido nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram vendas de 1,088 milhão de toneladas de milho para a China, sendo 476 mil toneladas para entrega no ano comercial 2021/2022 e 612 mil toneladas, para 2022/2023. A sólida demanda por milho das safras velha e nova ressalta a necessidade de uma área maior nos Estados Unidos neste ano, já que a Ucrânia deve continuar fora do mercado no futuro previsível.
O vencimento julho do cereal ganhou 1,25 cent (0,15%), e fechou a US$ 8,1350 por bushel. O USDA informou que exportadores venderam 866,8 mil toneladas de milho da safra 2021/2022 na semana encerrada em 21 de abril. O volume representa queda de 1% ante a semana anterior e de 5% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2022/2023, foram comercializadas 843,4 mil toneladas. A China comprou 1,341 milhão de toneladas do volume total, de 1,71 milhão de toneladas.
Os ganhos também foram sustentados pelo clima desfavorável em áreas de cultivo do Brasil e dos Estados Unidos. Parte do cinturão de milho do Brasil está enfrentando tempo seco. A temporada de plantio nos Estados Unidos vem sendo prejudicada pelo tempo frio e úmido. Os atrasos na semeadura podem acabar afetando a produtividade das lavouras. A história mostra que há uma queda no rendimento do milho semeado após 10 de maio. O fortalecimento do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros, limitou a alta.