04/Mai/2022

A comercialização de milho no spot patina nas regiões produtoras do País, em função da queda de preços do cereal e porque os compradores já estão focados na 2ª safra de 2022, que em breve começa a ser colhida, consequentemente, com recuo maior nos preços. Além disso, persiste o desacordo sobre preços entre compradores e vendedores, o que trava acordos mais substanciais. Para exportação, em função da alta do dólar ante o Real, chegaram a rodar lotes volumosos na semana passada na Região Centro-Oeste, sobretudo para a safra futura. Movimento que, neste início de semana, se arrefeceu.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a negociação de milho no spot está desacelerando neste início de semana e os preços se mantêm praticamente estáveis. Os compradores indicam R$ 80,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, para o mercado interno. Mas, os vendedores indicam, no mínimo, R$ 85,00 por saca de 60 Kg em iguais condições. Assim, o mercado está parado. Em relação à 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 80,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em agosto e pagamento em 15 de setembro. Os produtores estão recuados. As oscilações de câmbio e o período de início de mês fazem o produtor ficar mais retraído nas vendas.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, os compradores de menor porte indicam R$ 87,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em dez dias, enquanto as indústrias maiores indicam R$ 90,00 por saca de 60 Kg, para retirada em maio e pagamento no começo de junho. As grandes indústrias estão abastecidas até agosto e setembro, mas seguem no mercado. Os pequenos consumidores adquirem milho pontualmente à espera da 2ª safra de 2022 das regiões oeste e norte do Estado. Para exportação, não há indicações de compra. Na região norte do Paraná, os compradores indicam R$ 86,00 por saca de 60 Kg, para pagamento em 10 dias. Para a safra 2022/2023, não há indicações de compra ou venda.