11/Mai/2022

Os futuros de milho fecharam em leve alta nesta terça-feira (10/05) na Bolsa de Chicago, após dados terem mostrado que o plantio nos Estados Unidos continua bastante atrasado. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), agricultores tinham semeado 22% da área total prevista até o dia 8 de maio, um avanço de 8% ante a semana anterior. O progresso, no entanto, ainda é muito lento na comparação com um ano antes (64%) e com a média dos cinco anos anteriores (50%).

O vencimento julho do grão subiu 3,25 cents (0,42%), e fechou a US$ 7,75 por bushel. O ritmo dos trabalhos ficou abaixo da média das estimativas do mercado, mas o plantio deve se acelerar nesta semana com o clima mais favorável no Meio Oeste. O relatório de acompanhamento de safra da próxima semana deve ser um dos mais aguardados do ano. Há uma percepção geral no mercado de que o milho semeado após meados de maio terá o rendimento significativamente reduzido.

O site Soybean & Corn Advisor reduziu sua estimativa de área plantada de 36,62 milhões de hectares para 36,42 milhões de hectares. No fim de março, o USDA projetou uma área de 36,22 milhões de hectares. A alta foi limitada pelo enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Fundos vêm reduzindo suas apostas na alta das cotações, o que também impediu um avanço mais acentuado dos preços.

Há sinais de que fundos estão liquidando posições compradas em grãos e outras commodities. Quanto ao relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na quinta-feira (12/05), analistas esperam que os estoques de milho ao fim de 2021/2022 sejam estimados em 35,66 milhões de toneladas, em comparação a 36,57 milhões de toneladas projetados em abril. A colheita em 2022/2023 deve ser projetada em 375,40 milhões de toneladas, ante 383,94 milhões de toneladas na temporada anterior.