ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

13/Mai/2022

Preços do milho reagem e negociação segue lenta

No Brasil, os preços do milho registram leve alta, mas não o suficiente para despertar o interesse de venda no disponível ou futuro. A ponta vendedora, de modo geral, prefere aguardar o desenvolvimento da safra e contabilizar possíveis perdas por falta de chuvas. Além disso, os preços no spot, mais baixos do que os oferecidos para a 2ª safra de 2022, não são incentivo para os produtores se desfazerem de lotes remanescentes. Os compradores optam por aguardar a colheita que tende a puxar os valores do cereal para baixo no Brasil.

Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, trading indica R$ 76,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em junho e pagamento no fim do mesmo mês, para exportação. Os poucos compradores do mercado interno atuantes têm indicado entre R$ 70,00 e R$ 72,00 por saca de 60 Kg, para pagamento antecipado e retirada imediata. Eles estão recuados, aguardando a 2ª safra de 2022. Com relação à 2ª safra de 2022, tradings indicam R$ 77,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em fim de agosto, e até R$ 80,50 por saca de 60 Kg CIF, para entrega e pagamento nos mesmos prazos. Porém, os produtores têm buscado a partir de R$ 82,00 por saca de 60 Kg para vender antecipadamente a 2ª safra de 2022 que está no campo. Tranding indica R$ 85,50 por saca de 60 Kg, para retirada em novembro e pagamento em 21 de dezembro. Para a 2ª safra de 2023, os compradores indicam R$ 76,00 ou US$ 13,00 por saca de 60 Kg, mas só têm saído alguns negócios por barter (operação em que revendas ou tradings antecipam os insumos agrícolas em troca de entrega futura da safra).

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, o mercado está parado há aproximadamente 15 dias. A indicação de compra oscila entre R$ 94,00 e R$ 95,00 por saca de 60 Kg CIF, entrega imediata e pagamento em 30 dias, mas os produtores desejam valores mais altos (R$ 100,00 por saca de 60 Kg). Assim, não saem negócios. O milho deveria acompanhar, em tese, a alta do trigo. No entanto, o cereal tem ficado para trás porque os compradores já observam a safra de milho da Região Centro-Oeste, que pode ajudar a abastecer indústrias e granjas do Estado. Os preços indicados por compradores estão recuando nos últimos dias, pois indústrias e granjas estão abastecidas ou procuraram outros recursos como farelo de soja. Os produtores locais não têm trabalhado na venda antecipada, pois muitos estão em blacklist por não entregar produtos em temporadas anteriores. Os compradores se negam a fazer negócios nessa modalidade.