10/Jun/2022

Os preços do milho no mercado doméstico continuam a subir, impulsionados pela demanda exportadora, além do dólar e dos futuros do grão na Bolsa de Chicago. Assim, enquanto a comercialização voltada a consumidores domésticos pouco flui, aquela para embarque externo tem saído com mais constância, sobretudo na Região Sul do País. Os compradores domésticos aguardam a entrada da 2ª safra de 2022 para efetivar mais acordos.

No Paraná, o mercado para exportação está movimentado. Há registro de negócios a R$ 91,00 por saca de 60 Kg, para entrega em setembro nos terminais ferroviários da região norte do Estado, com pagamento no fim de setembro. No Porto de Paranaguá (PR), há registro de negócios a R$ 96,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e setembro e pagamento em setembro. O interesse de compra e venda se mantém aquecido. Para entrega imediata na região oeste de Santa Catarina, os compradores indicam R$ 90,00 por saca de 60 Kg mais ICMS, para pagamento em 15 dias, porém sem interesse de venda.

Para retirada em Maracaju (MS) e pagamento em 15 dias, a indicação de compra é de R$ 85,00 por saca de 60 Kg. No Porto de Santos (SP), a indicação é de R$ 93,80 por saca de 60 Kg, para entrega em julho e pagamento no início de agosto; R$ 94,50 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento no fim de setembro; e R$ 95,20 por saca de 60 Kg, para entrega em setembro e pagamento no início de outubro. A área de milho 2ª safra de 2022 sob risco de perdas por geadas não é expressiva. São esperadas geadas no sábado (11/06) e no domingo (12/06).

Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os compradores do mercado interno indicam no spot R$ 70,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em agosto. Para exportação, a indicação é de R$ 67,00 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos. Os valores têm subido em Nova Mutum porque a 2ª safra de milho de 2022, que começa a ser colhida, foi afetada por problemas climáticos. Os produtores desejam valores mais altos (entre R$ 75,00 e R$ 80,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em agosto). Assim, o mercado está parado. Em relação à 2ª safra de 2023, não há vendedor interessado em travar contratos.