15/Jun/2022
Segundo a ADM, a pressão do diesel sobre os custos dos fretes rodoviários é um desafio para todos os elos da cadeia de milho. Os transportadores estão com margens apertadas, porque os preços dos fretes subiram, mas, quando se atualiza o valor do diesel, a margem é pequena. Importante chamar a atenção para o impacto subsequente na rentabilidade de compradores e vendedores de milho. Isso porque o custo do transporte em muitos dos trajetos dos principais corredores de exportação subiu acima das referências históricas que eram utilizadas como base para a formação de preço e negociação do cereal no interior do Brasil. Para as tradings, o frete acabou ficando acima do que foi precificado (na comercialização antecipada).
Para o produtor, talvez não afete o que foi precificado anteriormente, mas as novas precificações, considerando esse frete atualizado, certamente tiram rentabilidade. Do ponto de vista logístico, atualmente 65% das exportações de milho da ADM ocorrem pelos corredores de exportação do Arco Sul e 35% pelo Arco Norte. A exportação ainda é maior pelo Arco Sul, mas o Arco Norte vem ganhando percentual na participação das exportações. É tanto um movimento do Brasil quanto da ADM. A proporção da safra de milho movimentada pela metade norte do Brasil tende a crescer, mas, ainda deve demorar para chegar a 50% a 50%, se chegar. Apesar dos recuos recentes do dólar, o câmbio atual garante competitividade ao milho brasileiro e rentabilidade para o produtor rural.
Os preços ficam um pouco abaixo em Reais comparados com o câmbio de R$ 5,20 a R$ 5,50. Mas, ainda há boa competitividade para o Brasil, principalmente nessa janela entre junho e setembro. Além disso, por ser um ano eleitoral, podem ocorrer grandes oscilações que favoreçam ou dificultem as exportações do País. Com relação às margens na operação de milho, o cenário atual é de aperto, mas a empresa vislumbra oportunidades com a boa disponibilidade interna do grão. A tendência é de que uma safra grande dê mais oportunidade em algumas janelas para margens de elevação um pouco melhores, ainda que, no momento, o spread entre o que se paga no mercado interno e o que se faz na exportação seja relativamente apertado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.