25/Jul/2022

Segundo a Tarken, agritech brasileira que oferece um marketplace para trading de grãos, o clima desperta preocupação em Mato Grosso do Sul devido a atuação de uma intensa massa de ar seco marcada pela passagem de uma frente fria nos dias 12 e 13 de julho. Isso resultou em uma elevada amplitude térmica e baixos valores de umidade relativa do ar. Essas condições elevam a evapotranspiração da planta, o que ocasiona perdas significativas de água, podendo prejudicar a colheita, caso ainda se encontre em período de enchimento de grãos. Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), estima-se que 12,2% das lavouras de milho 2ª safra de 2022 foram colhidas até o dia 15 de julho, isso mostra um crescimento de 0,9% em relação à safra passada.

Quando qualidade das lavouras, 80,8% da área está em boas condições, 12,8% em condições regulares e os 6,4% restantes em condições ruins. As condições climáticas esperadas para esse ano, somada com a baixa produtividade do ano passado, provocaram uma retração de 12,6% na área plantada da 2ª safra de 2022. A expectativa era que com as geadas nos meses de maio e junho, o resultado da 2ª safra de 2020/2021 se repetiria, mas não houve tanto impacto esse ano, e a produtividade estimada se encontra em 78,13 sacas de 60 quilos por hectare, um ganho de aproximadamente 23 sacas de 60 quilos por hectare quando comparado com a produtividade registrada no ano passado (IBGE). Como reflexo disso no mercado, pode-se observar uma redução no preço médio do milho, com queda de 3,13% nos últimos sete dias, cotado, em média, a R$ 67,69 por saca de 60 Kg.

Comparando com o ano anterior, essa retração é significativamente maior, com queda de 20,97%, comparando a média de junho deste ano com o praticado na mesma época em 2021. Em Campo Grande, o milho está cotado a R$ 72,21 por saca de 60 Kg, redução de 2,42% nos últimos sete dias. Em Chapadão do Sul, a cotação é de R$ 72,97 por saca de 60 Kg, queda de 2,71% no mesmo comparativo. Em Dourados, o milho está cotado a R$ 74,52 por saca de 60 Kg (-1,3% nos últimos sete dias). Até este momento, os produtores do Estado já negociaram 26% de toda a produção estimada da 2ª safra de 2022, 16% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado para a 2ª safra de 2021. Essa redução pode ser explicada pela retração nos preços observada no mercado nesse momento. Fonte: Tarken. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.