23/Set/2022
A comercialização de milho vem ocorrendo em ritmo mais lento nesta semana em Mato Grosso do Sul, onde grandes volumes vêm sendo comercializados com mais frequência do que em outras regiões. Uma das razões é o fato de os preços não terem subido nos últimos dias, enquanto os vendedores passaram a pedir mais. Há no mercado nacional, além disso, a percepção de que grandes volumes estão estocados e precisarão ser vendidos em breve para abrir espaço para a soja da safra 2022/2023, o que pode fazer com que os preços recuem. Os consumidores domésticos estão retornando ao mercado após semanas ausentes, o que sinaliza necessidade de repor volumes.
Em Mato Grosso do Sul, as vendas de milho perderam um pouco o ritmo nesta semana porque os produtores estão elevando as indicações. Tradings e empresas do mercado interno indicam R$ 74,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em setembro e outubro e pagamento 30 dias após o embarque. Com relação à 2ª safra de 2023, a diferença entre os valores de compra e venda tem impedido a concretização de negócios. As empresas do mercado interno indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg CIF Dourados, o equivalente a R$ 67,00 por saca de 60 Kg FOB, mas os produtores indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada na fazenda. A indicação de tradings, para exportação, é de R$ 65,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho do ano que vem e pagamento em agosto.
No Paraná, na região oeste, os compradores indicam entre R$ 82,00 e R$ 83,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, mas os vendedores indicam em torno de R$ 85,00 por saca de 60 Kg. Essa distância entre os preços de compra e venda impede a negociação de grandes volumes. No Porto de Paranaguá, a indicação está entre R$ 87,00 e R$ 88,00 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Com o frete entre R$ 8,00 e R$ 10,00 por saca de 60 Kg da região oeste do Paraná até o Porto, a conta para exportação não atrai interesse de venda. Na região sudoeste, o milho está mais valorizado, porque é rota forte para abastecer Santa Catarina e Rio Grande do Sul.