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28/Set/2022

Preços do milho sustentados no mercado interno

O retorno de consumidores domésticos ao mercado de milho tem ajudado a dar sustentação aos preços no Brasil, mas os produtores que buscam valores mais altos ainda resistem em liberar grandes volumes do cereal em algumas regiões. Neste momento, empresas de alimentos e granjas aceitam pagar mais do que tradings na Região Centro-Oeste. Os preços indicados por exportadores até estão subindo, com a forte valorização do dólar ante o Real, e estimulam alguns negócios para os portos na Região Sul do País. As usinas de etanol de milho têm estado presentes no mercado e vêm adquirindo volumes da 2ª safra de 2023.

Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, empresas do mercado interno indicam R$ 69,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em outubro e pagamento em novembro. Tradings indicam, para exportação, R$ 67,00 por saca de 60 Kg FOB, nos mesmos prazos. Como os produtores indicam a partir de R$ 70,00 por saca de 60 Kg, o mercado fica parado. Com relação à 2ª safra de 2023, tem surgido demanda principalmente da indústria de etanol. As usinas indicam R$ 64,00 por saca de 60 Kg mais 9,25% PIS/Cofins (R$ 69,92 por saca de 60 Kg), para retirada em julho de 2023 e pagamento em agosto. Os produtores, de forma individual, vêm indicando acima de R$ 70,00 por saca de 60 Kg (sem PIS/Cofins) e, assim, as negociações ainda não avançam.

No Paraná, no Porto de Paranaguá, há registro de negócios a R$ 95,00 por saca de 60 Kg, para entrega em janeiro e pagamento no fim de janeiro. Também há indicação de R$ 93,00 por saca de 60 Kg, para entrega em novembro e pagamento no fim de dezembro e R$ 94,80 por saca de 60 Kg, para entrega em dezembro e pagamento no fim de janeiro. Na região norte do Paraná, os compradores indicam R$ 83,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento no fim de outubro. Os vendedores, contudo, buscam R$ 85,00 por saca de 60 Kg. A movimentação tem sido maior para exportação do que para mercado interno pela perspectiva de mais embarques de milho ao exterior em dezembro e janeiro e consequente necessidade de preencher navios.