06/Out/2022

A Agroconsult projetou que a produção total de milho do País em 2022/2023 pode atingir 132,4 milhões de toneladas, aumento de 11,9% ante o ciclo anterior, com uma área plantada total de 22,8 milhões de hectares (+2,7%). Na safra de verão (1ª safra 2022/2023), a área deve totalizar 5,4 milhões de hectares, similar à observada em 2021/2022. O plantio da 2ª safra de 2023 pode atingir 17,5 milhões de hectares, ante 16,8 milhões de hectare em 2021/2022. A colheita da safra de verão (1ª safra 2022/2023) deve totalizar 31,2 milhões de toneladas, crescimento de 20% em relação a 2021/2022, enquanto a produção da 2ª safra de 2023 tem potencial para 101,3 milhões de toneladas (+9,7%).

Com o ritmo de semeadura da soja observado até agora, se abre uma janela muito boa para plantio de milho. Se na soja a expectativa é de uma recuperação da produção mundial, no caso do milho, ainda que dê tudo certo nas safras globais de agora em diante, já vai faltar milho em virtude da menor oferta da Ucrânia provocada pela guerra com a Rússia, o que pode oferecer sustentação aos preços do cereal. Uma vez que seja possível plantar soja na maior parte das regiões no calendário ideal, isso abre uma janela muito grande para o plantio de milho. Neste caso, o produtor vai investir mais.

Não está afastada a possibilidade de que o crescimento de área de milho na 2ª safra de 2023 possa superar o previsto atualmente e aumentar em 1 milhão de hectares. O consumo interno deve crescer de 75,9 milhões de toneladas em 2021/2022 para 80,1 milhões de toneladas em 2022/2023, o que deixaria mais de 40 milhões de toneladas em excedente para exportação, permitindo ao Brasil aproveitar o espaço deixado pela Ucrânia e a demanda por milho da China. A exportação do Brasil na temporada 2022/2023 pode alcançar 47,1 milhões de toneladas. Para 2021/2022, a previsão é de 43 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.