31/Out/2022

Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (28/10) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O mercado também foi pressionado pela valorização do dólar no mercado internacional e pela queda do petróleo. O avanço da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros.

O recuo do petróleo reduz a competitividade relativa do etanol que, nos Estados Unidos, é feito principalmente com milho. O vencimento dezembro do cereal perdeu 1,50 cent (0,22%), e fechou a US$ 6,80 por bushel. A expectativa de que o tempo no Meio Oeste dos Estados Unidos volte a ficar predominantemente seco também pesou sobre os contratos. Tal condição deve favorecer o avanço da colheita e interromper a recuperação do nível da água no Rio Mississippi. A possibilidade de o México reduzir importações de milho dos Estados Unidos também é monitorada pelo mercado.

O vice-ministro da Agricultura do país afirmou que o governo local está considerando acordos diretos com produtores nos Estados Unidos, na Argentina e no Brasil para garantir a importação de milho não transgênico. Segundo ele, a importação de milho geneticamente modificado será mesmo proibida a partir de 2024. O vice-ministro disse que o México deverá elevar a produção doméstica e, quando a proibição entrar em vigor, reduzir pela metade a importação de milho amarelo norte-americano, que é usado principalmente em ração animal.