01/Dez/2022

Os Estados Unidos ameaçaram iniciar uma disputa comercial com o México, caso os países não cheguem a um acordo sobre o comércio de milho geneticamente modificado. O México planeja proibir a importação de milho transgênico até 2024, acrescentando outro ponto crítico às tensões comerciais entre as duas nações. Mais de 90% do milho cultivado nos Estados Unidos é geneticamente modificado, de acordo com a National Corn Growers Association. O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, se reuniu com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, na segunda-feira (28/11), em um esforço para resolver a disputa.

Se um acordo não for firmado, o governo dos Estados Unidos seria forçado a considerar todas as opções, incluindo tomar medidas formais para fazer valer direitos legais sob o Acordo entre Estados Unidos, México e Canadá (USMCA). Esse acordo, que entrou em vigor em 2020, foi concebido para garantir condições equitativas no comércio entre os três países e fornecer uma estrutura para a resolução de disputas. O presidente do México afirmou, na terça-feira (29/11), que mantém a proibição do milho geneticamente modificado para consumo humano, mas ofereceu estender o prazo do milho amarelo para ração animal em dois anos, enquanto seu conteúdo está sendo estudado.

O México é autossuficiente em milho branco e não permitirá a importação de milho amarelo para consumo humano. A proibição se aplica tanto ao milho amarelo quanto ao branco. O México importa grande parte de seu milho amarelo para alimentar o gado. Ambas as partes disseram esperar que os países consigam chegar a um acordo em comum. O México foi o segundo maior mercado para as exportações de milho dos Estados Unidos em 2021, com gastos de US$ 4,7 bilhões, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Apenas a China supera o país, tendo comprado quase US$ 5,1 bilhões no ano passado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.