08/Dez/2022
Os futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira (07/12) na Bolsa de Chicago, em movimento de correção após terem recuado nos seis pregões anteriores e acumulado perda de 5% no período. O desempenho também foi influenciado pela alta expressiva do trigo, que é substituto direto do milho em ração animal. O vencimento março do milho ganhou 4,00 cents (0,63%), e fechou a US$ 6,41por bushel. O tempo desfavorável na Região Sul do Brasil e na Argentina também deu suporte aos preços.
A meteorologia informou que áreas da Região Sul do País vão ficar mais secas nos próximos dias, com apenas algumas chuvas periódicas até o fim de semana. Há possibilidade de estresse nas lavouras de milho do extremo Sul por causa das altas temperaturas previstas. Na Argentina, a condição das lavouras deve continuar ruim até que as chuvas fiquem mais consistentes. Dados de produção de etanol nos Estados Unidos contribuíram para os ganhos. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho.
Segundo a Administração de Informação de Energia do país (EIA), a produção média foi de 1,077 milhão de barris por dia na semana encerrada em 2 de dezembro. O volume representa aumento de 5,8% ante o registrado na semana anterior, de 1,018 milhão de barris por dia, e veio acima do teto das estimativas de analistas, de 1,04 milhão de barris por dia. Os estoques de etanol aumentaram 1,75%, de 22,9 milhões para 23,3 milhões de barris na semana. A alta do milho foi limitada pelo enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol.