10/Jan/2023
Ainda que os atuais preços do milho operem em patamares inferiores aos registrados no início de 2022, a oferta mundial enxuta, o ritmo forte das exportações brasileiras e os baixos estoques de passagem vêm dando sustentação às cotações domésticas desde o segundo semestre de 2022. Neste começo de ano, o setor está atento às perdas de produtividade previstas para as lavouras da 1ª safra, sobretudo do Sul do País, mas também à possibilidade de colheita recorde na 2ª safra. O preenchimento de espaços com milho em navios programados, a migração da estrutura exportadora para a soja e o recuo do dólar reduziram a demanda exportadora no spot, deixando o mercado interno sem concorrência pelo cereal que restou nos armazéns da safrinha 2022. Isso acabou se refletindo em preços estáveis no spot no País, ainda que persista a preocupação com perdas na safra de verão gaúcha devido à irregularidade nas chuvas ocasionada pelo La Niña.
No Centro-Oeste e Sul, as movimentações reportadas são principalmente para abastecer consumidores locais. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, saem negócios a R$ 78,00 por saca de 60 Kg para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Para a 2ª safra 2023, os compradores indicam R$ 74,00 por saca de 60 Kg para retirada em julho e agosto e pagamento em 30 dias. No norte do Paraná, saem negócios entre R$ 85,00 a R$ 86,00 por saca de 60 Kg para retirada imediata e pagamento em 30 dias. No Porto de Paranaguá, após terem sido reportados negócios por até R$ 93,00 por saca de 60 Kg para janeiro, reflexo da demanda de trading que precisava preencher espaço rapidamente em navios, agora o interesse de compra desapareceu. Para a 2ª safra 2023, a indicação é de R$ 84,30 por saca de 60 Kg para entrega em agosto e pagamento no fim de setembro no Porto de Paranaguá.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.