31/Jan/2023
Os futuros de milho fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (30/01) na Bolsa de Chicago. O vencimento março do cereal ganhou 0,75 cent (0,11%), e fechou a US$ 6,83 por bushel. O mercado foi influenciado em parte por chuvas abaixo do esperado na Argentina no último fim de semana e pelo atraso no plantio da 2ª safra de 2023 no Brasil. De acordo com a AgRural, com a colheita de soja lenta, a 2ª safra de milho de 2023 estava 5% plantada no Centro-Sul do Brasil até a o dia 26 de janeiro, em comparação com 1% uma semana antes e 14% em igual período do ano passado. Os trabalhos estão concentrados em Mato Grosso, mas as plantadeiras também já começaram a entrar em ação em Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.
O atraso ainda não ameaça a janela de plantio do cereal, mas é importante que o avanço ocorra mais rapidamente a partir do início de fevereiro para que a semeadura não seja feita de forma muito concentrada. A colheita do milho safra de verão (1ª safra 2022/2023), por sua vez, estava 8% concluída no Centro-Sul até o dia 26 de janeiro, ante 6% na semana precedente e 14% um ano atrás. No Rio Grande do Sul, as perdas por estiagem e calor continuam. Esses fatores foram contrabalançados por dados de exportação dos Estados Unidos que vieram abaixo do esperado.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 527.932 toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 26 de janeiro, queda de 27,56% ante a semana anterior. No ano comercial corrente, o volume inspecionado de milho soma 12 milhões de toneladas, queda de 31,4% ante igual período do ciclo anterior. O USDA informou que exportadores relataram venda de 112 mil toneladas de milho para o Japão, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pesou sobre as cotações. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.