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01/Fev/2023

Futuros do milho caem com fracas vendas dos EUA

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta terça-feira (31/01) na Bolsa de Chicago, após terem terminado praticamente sem variação nas duas sessões anteriores. O mercado foi pressionado pelas fracas exportações dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 527.932 toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 26 de janeiro, queda de 27,56% ante a semana anterior. No ano comercial corrente, o volume inspecionado de milho soma 12 milhões de toneladas, queda de 31,4% ante igual período do ciclo anterior.

O vencimento março do grão recuou 4,00 cents (0,59%), e fechou a US$ 6,79 por bushel. A concorrência do Brasil, que vem exportando grandes volumes e afetando a demanda pelo grão norte-americano, também pesou sobre os contratos. De acordo com a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil exportou 4,992 milhões de toneladas de milho em janeiro, aumento de 124% na comparação anual. As perdas foram limitadas pelo fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol.

Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O atraso no plantio da 2ª safra de 2023 no Brasil também impediu uma queda mais acentuada dos preços. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio alcançava 3,9% da área projetada até o dia 28 de janeiro. Na comparação com igual período do ano anterior, há atraso de 10,6%. A implantação da 2ª safra de 2023 começou em Mato Grosso, que lidera os trabalhos de campo com 7,8% da área semeada. Outro fator altista é o tempo seco que vem causando perdas nas lavouras de milho da Argentina e do Rio Grande do Sul.