06/Fev/2023

Os futuros de milho fecharam em leve alta na sexta-feira (03/02) na Bolsa de Chicago. A commodity foi influenciada em parte pela perspectiva de clima predominantemente seco na Argentina nos próximos dez dias, após chuvas recentes terem melhorado a condição das lavouras. O vencimento março do cereal ganhou 2,25 cents (0,33%), e fechou a US$ 6,77 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 0,80%.

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a parcela da safra argentina de milho em condição boa ou excelente passou de 12% para 22% na última semana. A parcela em condição normal passou de 49% para 46%. Já o percentual em condição regular ou ruim diminuiu de 39% para 32%. O plantio de milho avançou 2,5% na semana e atingiu 96,5% da área total prevista, de 7,1 milhões de hectares.

O clima mais úmido permitiu o progresso dos trabalhos e melhorou a situação das áreas do cereal que estão no período de definição de rendimento. A falta umidade na Região Sul do Brasil e o atraso no plantio da 2ª safra de 2023 no País também deram suporte aos preços. Os ganhos foram limitados pela concorrência do Brasil, que vem exportando grandes volumes e afetando a demanda pelo grão norte-americano.

O avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas brasileiras, também pesou sobre os contratos. A decisão do governo brasileiro de retomar a cobrança do imposto sobre a importação de etanol também pressionou as cotações, já que afeta as vendas externas norte-americanas. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.