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09/Fev/2023

EUA: produtores deverão apostar no milho em 2023

Os agricultores dos Estados Unidos planejam expandir a área cultivada com milho em 2023, de olho nos preços mais baixos dos fertilizantes necessários para o aumento da safra e esperando por uma safra abundante. Isto, depois que uma seca no final da temporada derrubou a safra de grãos do ano passado, prejudicando a oferta norte-americana de milho, uma das mais baixas da década. Os planos para a próxima temporada foram desenvolvidos e mantidos no final do ano passado, apesar das dúvidas quanto à demanda e a despeito da soja ter propiciado preços melhores que o milho.

As primeiras previsões de área plantada e entrevistas com agricultores mostram que a expectativa de maior safra dos Estados Unidos não diminuiu. Uma grande safra naquele que é o maior exportador de milho do mundo, em comparação com uma demanda mais modesta (decorrente de um esfriamento no crescimento econômico global) pode reduzir ainda mais os preços do alimento básico usado em combustível e ração animal, decrescentes após terem atingido o maior nível em 10 anos (quando, há um ano, a Rússia invadiu a Ucrânia, grande produtora de milho).

A queda no custo de insumos essenciais, como fertilizantes, no segundo semestre de 2022, despertou esperanças de que o milho será lucrativo em 2023, embora normalmente exija um estilo de gerenciamento mais ativo e maior investimento financeiro do que a segunda safra comercial de soja dos Estados Unidos. A S&P Global Commodity Insights prevê que os agricultores dos Estados Unidos plantarão 2,2% a mais de milho em 2023 ante o ano anterior, enquanto o cultivo de soja deve ter um aumento mais modesto, de 0,6%. Os agricultores norte-americanos alternam entre soja e milho em uma tentativa de manter o solo fértil.

Depois de optarem pela soja no ano passado, quando os preços dos fertilizantes dispararam, muitos devem dedicar a maior parte desses campos ao milho. Mas, os hectares adicionais de milho podem ter dificuldade em encontrar colocação após o início da colheita em setembro. Desde a safra do ano passado, os exportadores registraram vendas de apenas 24,038 milhões de toneladas de milho dos Estados Unidos, queda de 43% em relação ao ano anterior, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Em janeiro, o governo divulgou sua mais recente previsão de exportação de milho para o ano inteiro: 48,9 milhões de toneladas, 19,8% abaixo da projeção inicial de exportação feita em maio de 2022. Internamente, o consumo de milho dos Estados Unidos pode retroceder ao menor nível dos últimos sete anos. Está estimado em 304,561 milhões de toneladas no ano comercial de 2022/2023, uma queda de 4% em relação ao ano anterior. Isso se deve em grande parte ao enfraquecimento da demanda por ração, já que o rebanho de gado de corte dos Estados Unidos caiu para o menor nível desde 1962 e um surto de gripe aviária devastou parte da avicultura comercial. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.