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10/Fev/2023

Futuros do milho caem com concorrência do Brasil

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quinta-feira (09/02) na Bolsa de Chicago, refletindo o avanço do dólar ante o Real. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as vendas do Brasil, que vem exportando grandes volumes e afetando a demanda pelo grão norte-americano. Segundo a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), o País deve embarcar 2,292 milhões de toneladas de milho em fevereiro, ante 4,933 milhões de toneladas em janeiro e 523,342 mil toneladas em fevereiro do ano passado. O vencimento março do grão recuou 7,75 cents (1,14%), e fechou a US$ 6,70 por bushel. Normalmente, o Brasil fica atrás dos Estados Unidos, exportando cerca de 30 milhões de toneladas por ano, enquanto os Estados Unidos embarcam entre 60 milhões e 70 milhões de toneladas.

Em 2022/2023, no entanto, a expectativa é de que o Brasil exporte 50 milhões de toneladas e os Estados Unidos, 48,90 milhões de toneladas, de acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção norte-americana em 2022/2023 foi menor do que inicialmente previsto e as questões logísticas no Rio Mississippi nos meses após a colheita mantiveram os preços dos Estados Unidos elevados e os volumes baixos, principalmente porque o milho dos Estados Unidos competia com a oferta de outros países exportadores. Dados de vendas dos Estados Unidos vieram dentro das estimativas do mercado.

O USDA informou que exportadores venderam 1,16 milhão de toneladas de milho da safra 2022/2023 na semana encerrada em 2 de fevereiro. As vendas caíram 27% ante a semana anterior, mas ficaram 19% acima da média das quatro semanas anteriores. Para o ano-safra 2023/2024, foram vendidas 10 mil toneladas. O tempo predominantemente seco na Argentina impediu uma queda mais acentuada dos preços. A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu em 7,5 milhões de toneladas sua estimativa para a safra de milho da Argentina, refletindo a forte estiagem que vem castigando as áreas de cultivo do país. A projeção passou de 50 milhões de toneladas para 42,5 milhões de toneladas, o que representa queda de quase 17% ante o ciclo anterior e a menor colheita argentina em cinco anos.